Arthur Poerner, Rebelde Sempre

REBELDE SEMPRE, nosso companheiro. Um dos 1os Membros da RedeBrasil
Entusiasta, otimista e cheio de histórias, Poerner será lembrado pelo afeto e a entrega que dedicou a cada momento e a cada pessoa com quem trocou.

Ao longo de sua trajetória, a tônica de resistência, análise e crítica social tornaram-se marca registrada de suas publicações, o que fez com que se tornasse o mais jovem brasileiro cassado pelo Golpe Militar de 1964, perdendo seus direitos políticos por uma década.

Do inferno ao purgatório, saiu da prisão, no DOI-Codi no Rio, para o exílio na Alemanha, onde viveu por quase 14 anos. E lá, incansável, engajou-se na Campanha pela Anistia no Brasil.
São tantas memórias, tantas passagens, que seria uma ousadia tentar descrever, aqui.

Quem teve o prazer de ler as suas reportagens no Correio da Manhã, Pasquim e JB, entre outros jornais, ou se debruçou sobre seus livros, guarda o brilho nos olhos, as canções, gostos e cheiros que descrevia com maestria, nos tornando parte viva de suas histórias. Ah, que maravilha era viajar com ele!

Um apaixonado pelo protagonismo da juventude, publicou a “Bíblia do Movimento Estudantil”, O Poder Jovem. E, em seus dois últimos livros, retratou parte de sua vida.

Portelense, flamenguista e amante da boemia do Rio de Janeiro, Poerner escreveu, em parceria com Paulinho da Viola e Sérgio Cabral, livro em homenagem ao amigo Candeia. Com João do Vale, Baden Powell e Biafra compôs canções gravadas por Cristina Buarque, Eliana Pitman e Vanja Orico.

Fundou o PDT e se filou ao PT de Lula, em meio às acusações da mídia golpista. Foi companheiro do Apolonio de Carvalho e Augusto Boal, e era um admirador do PCdoB e da UNE, participando de todas as bienais realizadas pela entidade.

Com responsabilidade e afeto, ele acreditava na necessidade de reconduzir o Brasil para o caminho democrático, onde todas e todos tenham o direito a uma vida digna e plena! E, mesmo em tempos duros, como os atuais, nunca deixou de lutar: a Esperança há de vencer o medo!

Bacharel em Direito e pós-graduado em Comunicação, Poerner foi presidente do Museu da Imagem e do Som (MIS) e do Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro, além de professor de Jornalismo da UERJ, mas nunca se afastou das ruas, circulando do Leme, bairro do seu coração, à Olaria.

Quem nunca tomou um chope com o Arthur no Lamas – bar onde tinha mesa cativa -, no Taberna do Leme ou no Fiorentina – restaurante que o homenageou, dando o seu nome a um prato? Nosso amigo era também membro da Academia Brasielira de Cachaça! E, nessas andanças, sempre estava acompanhado da sua esposa Volga e filha Joyce, que embarcavam nas prosas etílicas!

Se tivéssemos o seu talento, escreveriamos livros e mais livros contando histórias incríveis de cada feliz encontro com ele. A mim, sua enteada, coube o prazer da inspiração que me levou ao jornalismo.

Poerner amou e se doou para todos nós e seguirá o fazendo!
Amava o seu irmão Carlito, como o chamava, e toda a sua família, de sangue ou não!

Conte pra gente uma história das boas! Faça um comentário nesta postagem! Mande uma foto com ele! Arthur Poerner merece todas as homenagens e assim o faremos!

Poerner Presente! Rebelde Sempre!

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