“Durante o jantar, bebe muito álcool, bebe muito vinho, conversamos e em diferentes momentos ele flerta comigo e isso incomoda-me”, conta ao Observador Moira Millán, ativista mapuche da Argentina.
Sem um centavo no bolso, estava presa naquele quarto. O homem já se tentara pôr em cima de si duas vezes. Por duas vezes, empurrara-o, com toda a força que tinha. “Não ia deixar que me violasse, não ia deixar que abusasse de mim.” O ano era 2010, o mês Moira Millán diz não conseguir precisar. “Foi na primavera”, conta a ativista mapuche da Argentina ao Observador. Para sair daquele quarto, recorda, “precisava que ele mudasse de ideias”. Ele, Boaventura Sousa Santos, o homem que Moira Millán afirma que tentou abusar de si em Coimbra, terá reconsiderado. Pediu-lhe desculpa, chamou-lhe um táxi e a mulher conseguiu regressar ao seu hotel.
Esta é a versão da ativista argentina sobre o que se passou numa viagem que fez a Coimbra naquele ano. Na entrevista que deu ao Observador fez duras acusações a Boaventura Sousa Santos — que, contactado esta quinta-feira, não se mostrou disponível para prestar qualquer esclarecimento ou apresentar a sua versão do que aconteceu.
Continue a leitura em: https://observador.pt/especiais/moira-millan-a-indigena-argentina-que-acusa-boaventura-de-tentativa-de-abuso-ele-que-me-olhe-na-cara-nos-olhos-e-negue-o-que-me-fez/