Sorte

Governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente ao Brasil joias com diamantes avaliadas em R$ 16,5 milhões para Michelle

A família Bolsonaro tem muito azar. Na única vez que o Queiroz depositou cheque na conta da primeira dama, pimba, a imprensa descobriu. Na única vez que o Heleno comeu mosca, o avião presidencial foi pego traficando 39kg de cocaína. Que azar! E agora esse escândalo das azaradas joias.

Na única vez em que um militar em voo comercial trouxe na mochila um mimo milionário de um ditador para o Bolsonaro (jóias avaliadas em três milhões de dólares), por azar, uma inspeção aleatória no aeroporto acabou identificando o contrabando. Tentaram reaver, na surdina, as joias até as vésperas do final do mandato, na base do carteiraço. Certamente foi a única vez que se utilizaram desse expediente intimidatório, com a autoridade militar, para varrer ilegalidades e imoralidades para baixo do tapete. É muito azar.

A ex-primeira-dama disse desconhecer que essas joias seriam a ela destinadas. Deve ter sido a única vez em que ela está mal informada. Seu marido e seus enteados talvez quisessem lhe fazer uma surpresa. Não seria a primeira, nem a única vez em que a surpreenderiam com suas traquinagens inocentes. Mas que é muito azar todos concordamos.

Há uma maneira bolsonara de existir em sociedade, que seduz mais de um terço da população brasileira, onde pequenas estripulias e divertidas malandragens dos milicianos são toleradas, em que «fazer cachorro» é normalizado, para defender o indefensável sob o argumento de que seriam apenas narrativas. Brasil acima de tudo, deus acima de todos. Infelizmente, essa não foi a única vez. É muito azar.

Xixo, 04 de fevereiro de 2023

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