
Da Redação
Brasilia – Postos relevantes como a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos são normalmente ocupados por diplomatas de carreira, que já possuem muita experiência acumulada no exercício de chefias de outras representações diplomáticas relevantes. Para comandar um cargo de tamanha grandeza, o de embaixador, é importante ter muita instrução, aprendizado constante e uma visão macro do mundo.

A avaliação foi feita por , CEO da M2Trade e especialista em Comércio Exterior, ao comentar a decisão do presidente Jair Bolsonaro de indicar seu filho e deputado Eduardo Bolsonaro para chefiar a missão diplomática brasileira em Washington.
A indicação de Eduardo Bolsonaro vem sendo apoiada ostensivamente pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que afirmou ontem (16) em Santa Fé (Argentina), onde participa hoje da reunião de cúpula do Mercosul, que o governo “não tem um plano B” para o cargo. Araújo classificou a indicação como “excelente” e disse que “considero um nome capaz de consolidar as coisas que a gente está tentanto fazer”.
Na visão de Michelle Fernandes, é imprescindível que o indicado para exercer o posto tenha uma sólida formação, que normalmente, segundo ela, é oferecida através dos cursos de Relações Internacionais e especialmente do Curso de Formação de Diplomatas ministrado pelo Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores: “entre essas matérias destacaria macroeconomia, microeconomia, sociologia, filosofia, história, geopolítica, várias esferas do direito, inclusive direito internacional público e privado, comércio exterior, negociação e todas as relações políticas e comerciais, bilaterais e multilaterais”.
A analista de Comércio Exterior destaca ainda que “para ocupar um cargo diplomático e um posto de tamanha grandeza, o de embaixador, o profissional também deve ter o perfil pacificador, além de um vasto e profundo conhecimento cultural. Por esse motivo, essa profissão é muito valorizada e normalmente os diplomatas de carreira, que já possuem muita experiência, assumem tais postos.O curso de Relações Internacionais é uma opção para quem pretende seguir essa carreira, mas outros cursos como o direito tem o mesmo peso. Diante do exposto, tirem suas próprias conclusões”.
Sem citar o nome de Eduardo Bolsonaro, Michelle Fernandes não deixa dúvida de que considera o filho do presidente Jair Bolsonaro desprovido das qualificações indispensáveis para o exercício de um cargo de tamanha relevância. Prudente e habilidosa, ela conclui: “diante do exposto, tirem suas próprias conclusões”.
(*) Com informações da M2Trade